As Cinco Dimensões da SER

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terça-feira, 2 de dezembro de 2014

NÃO ESTAMOS SÓS

          Solidão! Dor da Alma
         A multidão à nossa volta. O frenético ir e vir das pessoas... E continuamos sós!!!
*  *  *
         Até que a Doutrina Espírita nos chega, descerrando a cortina do desconhecido, intensificando nossa visão espiritual e revelando-nos a verdade que nos liberta!
NÃO ESTAMOS SÓS!
        À nossa volta, espíritos que nos acompanham, que nos conhecem e que nos amam. Eles não nos deixam sós!
         Nas questões 489 a 516 do Livro dos Espíritos está o esclarecimento:
        Espírito Protetor: aquele que assume o compromisso de nos acompanhar durante toda a nossa encarnação. Nos ajuda de modo discreto e sutil, respeitando nosso livre arbítrio. Muitas vezes precisa esperar que o entendamos, mas nunca desiste de nos proteger.
     Espírito Familiar: tem conosco vínculos afetivos, compartilhando a convivência familiar por várias encarnações. Sofre e chora conosco e também ri, ama e vibra. Não nos deixa a sós!
        Espíritos Afins: são aqueles que nos acompanham por afinidade de pensamento, de sentimento e de atitude. Permanecem conosco enquanto perdurar a afinidade. Também não permitem que fiquemos sós.
      Protetores Especiais: protegem as cidades, os povos, as nações. São também protetores das Artes, dos Esportes, das Profissões e compartilham de nossas vidas e experiências nas atividades que lhes são afetas. E não estamos sós!
       Mas há Aquele que é nosso Protetor Maior -  o Governador da Escola Terra; que é nosso irmão, pois nos mostra Deus como Nosso Pai; que estabeleceu conosco um vínculo Mestre-Aluno. E Ele, inquestionavelmente, jamais nos deixa a sós!
          É a Ele, Jesus, o Divino Amigo, a nossa gratidão e a carinhosa saudação natalina!

        

domingo, 2 de novembro de 2014

TERAPIAS ESPIRITUAIS



       O "ser integral" é um indivíduo que percebe as inter-relações entre as diversas dimensões de seu ser: físico, mental, emocional, espiritual, ambiental, etc ... A Medicina estuda e trata do aparelho físico e Freud foi desbravador das obscuridades da nossa mente.
       Aqui, se faz necessária a compreensão entre mente e espírito. Mente é o conjunto de ideias e convicções de alguém. Só podemos conceber a mente como propriedade de algo superior, capaz de coordená-la em acordo com o estado de seu desenvolvimento, a que chamamos espírito.
      A "conexão" corpo-espírito se faz através de fluidos imperceptíveis aos nossos sentidos. Exemplo: não sabemos qual ou quando são liberados hormônios em nossa corrente sanguínea; mas isto não significa que eles não existam e não atuem em nosso físico. De forma similar, influenciamos e somos influenciados por "corpos espirituais".
      Nos Centros Espíritas encontramos as terapias espirituais, que são utilizadas com o intuito de harmonizar o indivíduo, trazendo bem estar físico e espiritual, através da manipulação de energias sutis.
Manipulamos estas energias através do pensamento, meio utilizado pelo espírito para atuar nesse ambiente, ainda pouco explorado pela ciência, essencialmente materialista.
    Algumas formas de terapias espirituais são: as Atitudes e Pensamentos, a Prece, os Passes, a Água Fluidificada, os Tratamentos e as Cirurgias Espirituais.
Alguns Centros Espíritas se utilizam de Receituário Mediúnico, porém estes só devem ser avalizados por um médico, a fim de se manter a conduta científica necessária ao atendimento do paciente.
     Não existem milagres. Tais terapias visam dar conforto físico, mental e espiritual, o que implica em fé e reforma íntima,  afastando os sentimentos de vaidade, orgulho e egoísmo, além da modificação de atitudes e pensamentos perniciosos.
       Concentremo-nos, pois, no exercício do amor e estaremos em harmonia com os emissários do bem.




terça-feira, 30 de setembro de 2014

MEDITAÇÃO

     Um discípulo foi ao seu mestre zen e disse: “Mestre, estou inquieto. Diga-me: o que é meditação?
     O mestre zen respondeu:
   “Você vive num mundo hipnotizado pela ilusão do tempo; um mundo no qual o momento presente é inteiramente negligenciado, ou apenas visto como um tênue fio que divide um passado todo poderoso e cansativo, de um futuro importante e sedutor. Por um lado, sua consciência está totalmente ocupada com memórias passadas e, por outro, com expectativas futuras”.
    “Você medita quando presta atenção ao que acontece aqui e agora, sem apegos. Você medita quando sua mente se apercebe, sem julgamentos, daquilo que é”.
    “Você medita quando, sem deixar de estar consciente do seu corpo e da sua mente e do vozerio que o cerca, você vai ficando cada vez mais sintonizado com a Voz do Silêncio e com a Sabedoria de sua Essência Interior”.
    “Você medita quando, na quietude da natureza ou na paz de algum velho templo, você se volta para dentro de si mesmo, por alguns instantes, para participar do Silêncio de Deus”.
   “Você medita ainda mais valiosamente quando, no meio do burburinho da vida, no centro dos alvoroços e dos desafios do dia-a-dia, leva consigo a mesma quietude interior que transforma seu coração no Templo do Espírito”.
    “Você medita quando, na agonia da indecisão, diz: Não se faça a minha vontade, mas a Tua, ó Deus”.
    “Porém, você medita mais ainda quando escuta com o ouvido de seu corpo, com o ouvido de sua mente e com o ouvido de sua alma a voz silenciosa que fala do Cosmos Eterno e lhe pede que seja Um com a Vida”.


(Editorial do Boletim Mensal de Outubro)

quinta-feira, 31 de julho de 2014

SABER E FAZER

                                                "Se sabeis estas coisas, bem-aventurados sois se as fizerdes." 
Jesus (João, 13:17)

      Este ensinamento de Jesus está registrado no momento em que Ele lava os pés de seus Apóstolos,  alertando-nos que, para sermos felizes não basta saber, mas fazer.
      Mas saber o que? Fazer o que? Com certeza,  é compreendermos os seus ensinos sobre a convivência com o nosso próximo, como nos relacionarmos,  como vivermos para alcançar a finalidade de nossa vida a evolução espiritual. É o exercício do perdão, da tolerância, da solidariedade, da fraternidade, do amor.
    Não é o conhecimento das coisas que nos faz melhores, mas a prática daquilo que já conseguimos apreender. E o que temos feito com o que já sabemos? O que temos feito de especial com o nosso conhecimento sobre as verdades divinas, sobre a nossa realidade espiritual?
    Segundo Emmanuel,  "todas as seitas religiosas, de modo geral, somente ensinam o que constitui o bem. Todas possuem serventuários, crentes e propagandistas, mas os apóstolos de cada uma escasseiam cada vez mais", porque ainda estamos empenhados em adquirir conhecimento; mas pouco nos empenhamos em vivenciar o que aprendemos.
    Lembremos a Parábola dos Talentos: aquele que guardou o seu tesouro, perdeu-o.
Se já conseguimos compreender a mensagem de amor trazida por Jesus, cabe-nos praticar e exemplificar, assim como Ele o fez.
   Amar ao próximo como a si mesmo.  A verdadeira caridade. A caridade que não carece de recursos amoedados, mas precisa apenas do coração aberto, disponível para acolher, ajudar, servir e passar.
  Jesus nos convida a estar com Ele no reino dos céus, onde não será necessário nem ouro nem prata, mas a riqueza maior da prática do amor.
  Convertamos o nosso conhecimento em ferramenta de amor e saiamos a semear.  A colheita será farta, sem dúvida nenhuma!

terça-feira, 3 de junho de 2014

A VERDADE VOS LIBERTARÁ

“E conhecereis a verdade, e a verdade vos libertará” (João: 8:32).

      Fala-se muito em liberdade, cada um formulando o seu próprio conceito em torno dela, sem se preocupar muito com os reflexos que tal conceito possa ter na coletividade.  Liberdade de consciência, liberdade de expressão, liberdade religiosa, liberdade política.
      Os filhos pretendem se libertar da tutela dos pais; os alunos, das influências dos professores; os moços, da ascendência dos mais idosos; a mulher, da antiga sujeição ao homem. Os presos anseiam pela liberdade; os criminosos querem ficar livres do remorso; os enfermos, da doença; os devedores, das dívidas.
Jesus Cristo, no desempenho do seu messianato na Terra, ensinou um conceito diferente de liberdade, conceito esse que apreciável parcela da humanidade ainda está longe de assimilar: a libertação espiritual por meio do conhecimento da verdade.
    Essa libertação é a mais importante para o homem, pois implica em livrar-se dos preconceitos, das superstições, do orgulho, da vaidade, do ódio, da avareza, do personalismo, do ciúme, da inveja e dos apegos às vãs tradições. Enquanto não se libertar da tutela dessas viciações, o homem continuará subjugado por esses monstros estarrecedores, responsáveis pelo resfriamento do amor na Terra.
      Jesus veio trazer as diretrizes e bases para a libertação espiritual do homem, pois os sistemas que têm imperado no Planeta sempre exerceram predomínio sobre as massas, predomínio esse que, em alguns casos, atingiu as raias do inconcebível.
       Com este e muitos outros exemplos, o Senhor nos ensinou como travar conhecimento com a verdade para que, um dia, quando os nossos espíritos estiverem mais aptos a entender a mensagem imorredoura do Evangelho, possamos ser libertados por ela.

Editorial de nosso Boletim Mensal de Junho/14. Acesse-o em Páginas (ao lado).


sexta-feira, 2 de maio de 2014

O TRABALHO NO BEM


       ”Se Deus houvesse isentado o homem do trabalho do corpo, seus membros estariam atrofiados; se o houvesse isentado do trabalho da inteligência, seu espírito teria permanecido na infância, no estado de instinto animal; por isso, lhe fez do trabalho uma necessidade e lhe disse: Procura e achará, trabalha e produzirás!”(Cap XXV, item 3, do Evangelho Seg Espiritismo)
       O trabalho está alicerçado em princípios morais, principalmente no amor, e, por isto mesmo, ao lado da oração, é um dos maiores antídotos contra o mal, pois que corrige imperfeições e disciplina a vontade.
          Podemos ver que a própria evolução material do homem está ligada diretamente ao trabalho. Com os tempos e as reencarnações, as evoluções oriundas do trabalho intelectual, produzindo melhoramento da forma de produzir, pois que ao homem cabe a missão de trabalhar pela melhoria do planeta.
      Há, entretanto, uma outra forma de trabalho, este que não rende moeda, nem produz conforto maior, tampouco crescimento permanente da conjuntura econômica. Este é o trabalho no bem, o qual não produz troca ou remuneração, mas que redunda em crescimento de si mesmo, no sentido moral e espiritual. Modernamente, a esse trabalho dá-se o nome de Trabalho Voluntário.
      Jesus é exemplo destes dois tipos de trabalho. Enquanto carpinteiro, dedicado, com José laborava. Ele, ativamente, mostrando a importância do trabalho, ensinando que o trabalho em atividade honrada é o dever primeiro para a manutenção do corpo e da vida terrena. Em paralelo a  isto, teve Jesus um ministério de amor, um verdadeiro trabalho de autodoação até o sacrifício da própria vida.
        Todos fomos chamados ao trabalho no bem. Aos que deixaram passar a oportunidade, conclamamos agora: Venha compor esta fileira. Deixe as desculpas do “não tenho tempo”, “meus filhos são pequenos”, “meu marido é sistemático”, “quando aposentar vou ajudar vocês”, “minha família necessita de mim”. São apenas desculpas usuais e corriqueiras daqueles que fogem, adiam a tarefa do auxílio.
A obra é de Jesus, mas a tarefa é nossa!


quinta-feira, 3 de abril de 2014

PERANTE A ECOLOGIA

       “ A verdadeira vida é a vida espiritual”.
       “ Eu estou aqui de passagem”.
       Essas frases são elementos de reflexão que podem nos auxiliar a compreender melhor o distanciamento de nós, espíritas, dos assuntos do MEIO AMBIENTE.
       É  verdade que, para o espírita, fazem sentido as duas frases; porem é forçoso admitir que para muitos de nós essas frases legitimam o desinteresse, desatenção e desapego para com os problemas terrenos.
       “A verdadeira vida é a vida espiritual”. A vida espiritual não começa no instante do desencarne. Precisamos nos lembrar sempre de que somos Espíritos animando corpos e não corpos animando Espíritos. O horário nobre de nossa existência é aqui, já que as escolhas que fizermos definirão a qualidade de nossa vida espiritual.
     Enquanto aqui estivermos, faz parte de nosso aprendizado espiritual nos relacionarmos de forma saudável, inteligente e responsável com os assuntos da matéria, cuidando da manutenção do nosso corpo e do planeta, que nos acolhem.
       No “Eu estou aqui de passagem”, afirma-se a impermanência, a transitoriedade de todas as coisas. Dependendo da forma como se diz, podemos estar reforçando o desapego e desinteresse pelos assuntos do aqui e agora. Por que vou me preocupar com o AQUECIMENTO GLOBAL, se em breve não mais estarei aqui? Por que economizar ÁGUA e ENERGIA, se estarei desencarnado em alguns anos?
     Se deixamos um legado material e espiritual no planeta para onde possivelmente retornaremos, é evidente que, mesmo de passagem, devemos nos preocupar com os nossos rastros.
Pela Lei de Causa e Efeito, o uso irresponsável dos recursos naturais terá implicações em nosso processo evolutivo. Não é porque a vida é transitória que não precisamos prestar atenção em tudo que fazemos.              Cabe a nós identificar quais ações podemos fazer, e de que jeito, para tornar este mundo um lugar melhor e mais justo.
      Há que se cuidar melhor do mundo onde estagiamos em nossa jornada evolutiva.
      Há que se cuidar da vida ...
      Há que se cuidar do mundo...


segunda-feira, 3 de março de 2014

ESTAR NO MUNDO SEM SER DO MUNDO

 "...Eles não são do mundo, como também eu não sou..."
(João 17,16).
           Esta frase, pinçada do evangelho segundo o apóstolo João, nos relata uma das várias passagens em que o Mestre Jesus orava ao Pai, em favor daqueles que lhe seguiam as jornadas física e espiritual, naquela época anterior à sua prisão. Ela contém, subliminarmente, uma separação entre o estar e o vivenciar, entre um estado de corpo e um estado de espírito, no sentido de que as paixões e inquietações deste nosso planeta não deveriam nos dominar, se buscássemos, em primeiro lugar, estabelecer o reino de Deus em nós e, em seguida, vivenciá-lo plenamente.
          Mas será que não amar o mundo significa ao cristão não se envolver em coisa alguma dele? Claro que todos nós temos que viver no mundo e Jesus espera que tenhamos atitudes corretas, equilibradas e saudáveis nessas múltiplas vivências. E viver no mundo é utilizar, em seu mais amplo sentido, a melhor possibilidade de evolução da qual o Espírito pode dispor. Entre erros e acertos, no exercício de nosso livre arbítrio, temos a possibilidade, na carne, no corpo, de exercermos estas escolhas e pavimentarmos nossa jornada rumo à luz. Fácil?! Não, não é fácil...
         Todavia, nestes tempos de festejos carnavalescos que nos chegam, temos ótimas oportunidades de exercitarmos o desprendimento quantitativo e qualitativo daquilo que não nos convém sem que, necessariamente, nos enclausuremos. Alias, por falar em conveniência de procederes, em sua Epístola aos Coríntios (6,12), Paulo de Tarso, o “Apóstolo dos Gentios”, nos adverte: “Todas as coisas são lícitas, mas nem todas as coisas convém; todas as coisas são lícitas, mas nem todas as coisas edificam”. Exorta-nos a termos liberdade e disciplina cristãs seguras, limpas, equilibradas, de pensamentos e atitudes, apesar das energias espúrias que poderão estar ao nosso redor.
           É possível nascermos ou ainda estarmos no lodo de nossos erros e enganos, de nossa  imperfeição; mas é certo que subiremos à superfície de nossas virtudes, para desabrocharmos qual flor de lótus, em plenitude espiritual! Então busquemos vencer, desde já, nossas tendências menos edificantes, apesar dos apelos constantes e contrários com que nos defrontamos. Este esforço nos faz espíritas melhores. Isso é “estar no mundo, sem ser do mundo”. Exercitemos, pois!

                                  Editorial de nosso Boletim Mensal de Março/2014.

domingo, 2 de fevereiro de 2014

ESCUTATÓRIA

      Sempre vejo anunciados cursos de oratória. Nunca vi anunciado curso de escutatória. Todo mundo quer aprender a falar. Ninguém quer aprender a ouvir. Pensei em oferecer um curso de escutatória. Mas acho que ninguém vai se matricular.
        Escutar é complicado e sutil.
       Parafraseio o Alberto Caeiro: "Não é bastante ter ouvidos para se ouvir o que é dito. É preciso também que haja silêncio dentro da alma". Daí a dificuldade: a gente não aguenta ouvir o que o outro diz sem logo dar um palpite melhor, sem misturar o que ele diz com aquilo que a gente tem a dizer. Como se aquilo que ele diz não fosse digno de descansada consideração e precisasse ser complementado por aquilo que a gente tem a dizer, que é muito melhor. (...) Certo estava Lichtenberg – citado por Murilo Mendes: "Há quem não ouça até que lhe cortem as orelhas". Nossa incapacidade de ouvir é a manifestação mais constante e sutil da nossa arrogância e vaidade: no fundo, somos os mais bonitos...
       Tenho um velho amigo, Jovelino, que (...) contou-me de sua experiência com os índios. As reuniões são estranhas. Reunidos os participantes, ninguém fala. Há um longo, longo silêncio. (Os pianistas, antes de iniciar o concerto, diante do piano, ficam assentados em silêncio, como se estivessem orando. Não rezando. Reza é falatório pra não ouvir. Orando. Abrindo vazios de silêncio. Expulsando todas as ideias estranhas. (...) Todos em silêncio, à espera do pensamento essencial. Aí, de repente, alguém fala. Curto. Todos ouvem. Terminada a fala, novo silêncio. Falar logo em seguida seria um grande desrespeito. Pois o outro falou os seus pensamentos, pensamentos que julgava essenciais. (...)
       Não basta o silêncio de fora. É preciso silêncio dentro. Ausência de pensamentos. E aí, quando se faz o silêncio dentro, a gente começa a ouvir coisas que não ouvia. (...) No silêncio, abrem-se as portas de um mundo encantado que mora em nós. (...) Me veio agora a ideia de que, talvez, essa seja a essência da experiência religiosa – quando ficamos mudos, sem fala. Aí, livres dos ruídos do falatório e dos saberes da filosofia, ouvimos a melodia que não havia, que de tão linda, nos faz chorar. Pra mim Deus é isso: a beleza que se ouve no silêncio. Daí a importância de saber ouvir os outros: a beleza mora lá também. Comunhão é quando a beleza do outro e a beleza da gente se juntam num contraponto...

(Texto de Rubens Alves, publicado no Correio Popular de 09/04/1999).


quinta-feira, 2 de janeiro de 2014

RECOMEÇAR

             Mais um ano se inicia!
           Um novo ciclo recomeça, tal como tudo no mundo físico. Assim como a Lua em suas quatro fases; a Terra, com suas quatro estações e o Sol, nas opções de dia ou noite; nós, humanos, vivendo neste planeta, além de contemplarmos esses ciclos, também temos os nossos: infância, juventude, fase adulta, maturidade, velhice.
           É, pois, hora de renascermos. Para uma vida melhor, novos desafios, novas oportunidades de evolução, tanto na vida material quanto na espiritual. Buscarmos novos conhecimentos, novas companhias de jornada, outras chances de sermos mais amigos, mais amorosos, mais fraternos, mais... Humanos.
           Observando a natureza, verificamos que o próprio Deus, a cada dia recomeça, no mundo, os processos de criação e renovação. A começar pela alvorada, com seus incontáveis matizes, despertando toda criação em uma sinfonia de ruídos harmônicos, multicolorida e transcendente de paz.
          É certo que não mudaremos nosso começo, mas poderemos recomeçar e fazer um novo final, como já nos ensinou Chico Xavier
         E, na vida de nosso Mestre,  vemo-Lo recomendando a Nicodemus: “Ninguém pode ver o Reino de Deus se não nascer de novo.” O novo ano é essa oportunidade que temos de nascer de novo, avaliarmos o que já construímos, testarmos as atuais estruturas, estudarmos as opções disponíveis, escolhermos a melhor solução e planejarmos o prosseguimento.
        O momento nos pede uma prece de fortalecimento para que não nos falte a vontade, a solidariedade, a cooperação e compreensão dos irmãos de jornada, o que, aliado à nossa Fé, manterá nossa Esperança de um mundo melhor, mais harmonioso, mais fraterno e lindo de se viver.
         Vamos Recomeçar?