As Cinco Dimensões da S.E.R.

As Cinco Dimensões da S.E.R.

Mapa

Mapa

sábado, 30 de junho de 2012

FAMÍLIA, FILHOS E FÉRIAS


           Férias em família podem ser momentos de intensa união, de programas conjuntos, de solidariedade e diversão. É um tempo sem igual que, bem aproveitado, pode ser relembrado ao longo de toda a vida, tanto por adultos, quanto pelas crianças e adolescentes.

           E não é necessário rombos no orçamento doméstico para conseguir isso. Pelo contrário, as melhores fórmulas são justamente as mais simples e baratas. Aquelas que envolvem, principalmente, a participação e a presença dos pais são muito mais valiosas do que outra que envolva investimentos mais altos. Uma volta de bicicleta na praça da cidade, uma visita ao clube ou à quadra de esportes do bairro para jogar bola, brincar com carrinhos ou bonecas na sala de sua casa... Ler estórias de livrinhos infantis e revistas em quadrinhos, montar um quebra-cabeças de muitas peças ou mesmo se divertir visitando algum museu ou exposição podem ser ótimos programas aos olhos de nossos filhos.

           Lembro-me dos dias em que íamos à praia. Brincávamos na areia, fazíamos castelos e buracos onde a água do mar se depositava, como se tivéssemos nossa própria piscina... Jogávamos frescobol, corríamos atrás de alguma bola de futebol ou, simplesmente, nos banhávamos em mergulhos infindáveis.

           Tenho certeza de que todos nós temos recordações de situações parecidas com nossos pais, irmãos e amigos: jogar cartas, assistir algum filme ou desenho animado,  contar casos e estórias de extraterrestres ou  fantasmas ou, ainda, a ajuda na cozinha, à espera de algum petisco saboroso.

           Quaisquer que sejam as experiências, façamos despertar a necessidade de externar os sentimentos de nossos filhos. Peçamos a eles que relatem o que sentiram, de que forma o passeio ou a brincadeira foram vivenciados em suas intimidades, o que foi válido, o que não foi tão legal...

           Acima de tudo, valorizemos esses encontros com os filhos. Todas as atividades programadas e momentos vividos são especiais porque permitem que estejamos juntos deles. Esse calor e carinho têm que ser sentidos. O amor que existe entre nós se torna ainda maior a cada novo dia compartilhado, a cada hora em que estamos juntos.

          As férias são propícias ao estreitamento da união entre pais e filhos! Vivamos esse período com grande intensidade. Isso será eternamente lembrado...

 

sexta-feira, 1 de junho de 2012

A UNIFICAÇÃO

        Conta-se que em uma localidade, na Inglaterra, o reverendo notou a falta de um certo fiel participativo, operoso e cooperativo nos cultos dominicais. Como um bom pastor, ele foi  procurar essa “ovelha perdida”. Certa manhã de inverno, bateu à porta daquele fiel, foi recebido cordialmente e convidado a entrar. Sentaram-se junto à lareira, que continha um fogo vivo e crepitante, e o homem começou a falar dos motivos de seu afastamento. O reverendo, à medida que ouvia, pegou um ferro de mexer brasas e afastou do meio do fogo uma das brasas mais vivas e avermelhadas. Aos poucos, a mesma foi se cobrindo de uma cinza branca, perdendo o brilho e ficando quase totalmente apagada. Então o reverendo voltou a juntá-la às demais e ela voltou a arder e brilhar. Sem nada dizer àquele homem, o reverendo deixou sua mensagem, despediu-se e, no domingo seguinte, o fiel lá estava no culto dominical, mostrando que entendera o que lhe fora demonstrado.
       Duas grandes verdades podemos deduzir da atitude do reverendo: o poder da união daqueles que comungam do mesmo ideal e o valor da fé, que, por maior que seja, afastada do calor do conjunto, vai sendo encoberta, perdendo a força,  até se extinguir.
      Alan Kardec sempre se preocupou com o valor da união do Movimento Espírita e deixou isto claro em várias de suas obras. Na Introdução do Livro dos Espíritos: “Todos os que tiverem em vista o grande princípio de Jesus se confundirão num só sentimento: o do amor do bem e se unirão por um laço fraterno, que prenderá o mundo inteiro.”  No Livro dos Médiuns: “Convidamos, pois, todas as Sociedades Espíritas a colaborar nessa grande obra (da União).” Em Obras Póstumas: “Poderão, pois, formar-se, e inevitavelmente se formarão, centros gerais em diferentes países, ligados apenas pela comunidade da crença e pela solidariedade moral, sem subordinação de uns aos outros... E, já que a Unificação passa necessariamente pela solidariedade, podemos inferir que ela é por Deus abençoada.”
      Em 1862, cinco anos após a publicação do Livro dos Espíritos, Kardec, preocupado com essa união, fez uma grande viagem pela França, visitando Casas Espíritas em 20 cidades. No Brasil, em 1950, a mensagem da Unificação foi levada por um grupo de “bandeirantes espíritas” a todo o território, no chamado Pacto Áureo. Os Espíritos, por sua vez, também têm deixado suas mensagens de unificação nos congressos e grandes seminários espíritas, por meio de renomados médiuns
      Que possamos valorar esse sentimento de Unificação para sermos, como diz Bezerra de Menezes, “um feixe de bambus, difícil de ser quebrado”, e que jamais nos afastemos do fogo da Fé e do brilho do Movimento Espírita.