“ A verdadeira vida é a vida espiritual”.
“ Eu estou aqui de passagem”.
Essas frases são elementos de reflexão que podem nos auxiliar a compreender melhor o distanciamento de nós, espíritas, dos assuntos do MEIO AMBIENTE.
É verdade que, para o espírita, fazem sentido as duas frases; porem é forçoso admitir que para muitos de nós essas frases legitimam o desinteresse, desatenção e desapego para com os problemas terrenos.
“A verdadeira vida é a vida espiritual”. A vida espiritual não começa no instante do desencarne. Precisamos nos lembrar sempre de que somos Espíritos animando corpos e não corpos animando Espíritos. O horário nobre de nossa existência é aqui, já que as escolhas que fizermos definirão a qualidade de nossa vida espiritual.
Enquanto aqui estivermos, faz parte de nosso aprendizado espiritual nos relacionarmos de forma saudável, inteligente e responsável com os assuntos da matéria, cuidando da manutenção do nosso corpo e do planeta, que nos acolhem.
No “Eu estou aqui de passagem”, afirma-se a impermanência, a transitoriedade de todas as coisas. Dependendo da forma como se diz, podemos estar reforçando o desapego e desinteresse pelos assuntos do aqui e agora. Por que vou me preocupar com o AQUECIMENTO GLOBAL, se em breve não mais estarei aqui? Por que economizar ÁGUA e ENERGIA, se estarei desencarnado em alguns anos?
Se deixamos um legado material e espiritual no planeta para onde possivelmente retornaremos, é evidente que, mesmo de passagem, devemos nos preocupar com os nossos rastros.
Pela Lei de Causa e Efeito, o uso irresponsável dos recursos naturais terá implicações em nosso processo evolutivo. Não é porque a vida é transitória que não precisamos prestar atenção em tudo que fazemos. Cabe a nós identificar quais ações podemos fazer, e de que jeito, para tornar este mundo um lugar melhor e mais justo.
Há que se cuidar melhor do mundo onde estagiamos em nossa jornada evolutiva.
Há que se cuidar da vida ...
Há que se cuidar do mundo...