As Cinco Dimensões da S.E.R.

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segunda-feira, 3 de março de 2014

ESTAR NO MUNDO SEM SER DO MUNDO

 "...Eles não são do mundo, como também eu não sou..."
(João 17,16).
           Esta frase, pinçada do evangelho segundo o apóstolo João, nos relata uma das várias passagens em que o Mestre Jesus orava ao Pai, em favor daqueles que lhe seguiam as jornadas física e espiritual, naquela época anterior à sua prisão. Ela contém, subliminarmente, uma separação entre o estar e o vivenciar, entre um estado de corpo e um estado de espírito, no sentido de que as paixões e inquietações deste nosso planeta não deveriam nos dominar, se buscássemos, em primeiro lugar, estabelecer o reino de Deus em nós e, em seguida, vivenciá-lo plenamente.
          Mas será que não amar o mundo significa ao cristão não se envolver em coisa alguma dele? Claro que todos nós temos que viver no mundo e Jesus espera que tenhamos atitudes corretas, equilibradas e saudáveis nessas múltiplas vivências. E viver no mundo é utilizar, em seu mais amplo sentido, a melhor possibilidade de evolução da qual o Espírito pode dispor. Entre erros e acertos, no exercício de nosso livre arbítrio, temos a possibilidade, na carne, no corpo, de exercermos estas escolhas e pavimentarmos nossa jornada rumo à luz. Fácil?! Não, não é fácil...
         Todavia, nestes tempos de festejos carnavalescos que nos chegam, temos ótimas oportunidades de exercitarmos o desprendimento quantitativo e qualitativo daquilo que não nos convém sem que, necessariamente, nos enclausuremos. Alias, por falar em conveniência de procederes, em sua Epístola aos Coríntios (6,12), Paulo de Tarso, o “Apóstolo dos Gentios”, nos adverte: “Todas as coisas são lícitas, mas nem todas as coisas convém; todas as coisas são lícitas, mas nem todas as coisas edificam”. Exorta-nos a termos liberdade e disciplina cristãs seguras, limpas, equilibradas, de pensamentos e atitudes, apesar das energias espúrias que poderão estar ao nosso redor.
           É possível nascermos ou ainda estarmos no lodo de nossos erros e enganos, de nossa  imperfeição; mas é certo que subiremos à superfície de nossas virtudes, para desabrocharmos qual flor de lótus, em plenitude espiritual! Então busquemos vencer, desde já, nossas tendências menos edificantes, apesar dos apelos constantes e contrários com que nos defrontamos. Este esforço nos faz espíritas melhores. Isso é “estar no mundo, sem ser do mundo”. Exercitemos, pois!

                                  Editorial de nosso Boletim Mensal de Março/2014.