As Cinco Dimensões da S.E.R.

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sexta-feira, 1 de junho de 2012

A UNIFICAÇÃO

        Conta-se que em uma localidade, na Inglaterra, o reverendo notou a falta de um certo fiel participativo, operoso e cooperativo nos cultos dominicais. Como um bom pastor, ele foi  procurar essa “ovelha perdida”. Certa manhã de inverno, bateu à porta daquele fiel, foi recebido cordialmente e convidado a entrar. Sentaram-se junto à lareira, que continha um fogo vivo e crepitante, e o homem começou a falar dos motivos de seu afastamento. O reverendo, à medida que ouvia, pegou um ferro de mexer brasas e afastou do meio do fogo uma das brasas mais vivas e avermelhadas. Aos poucos, a mesma foi se cobrindo de uma cinza branca, perdendo o brilho e ficando quase totalmente apagada. Então o reverendo voltou a juntá-la às demais e ela voltou a arder e brilhar. Sem nada dizer àquele homem, o reverendo deixou sua mensagem, despediu-se e, no domingo seguinte, o fiel lá estava no culto dominical, mostrando que entendera o que lhe fora demonstrado.
       Duas grandes verdades podemos deduzir da atitude do reverendo: o poder da união daqueles que comungam do mesmo ideal e o valor da fé, que, por maior que seja, afastada do calor do conjunto, vai sendo encoberta, perdendo a força,  até se extinguir.
      Alan Kardec sempre se preocupou com o valor da união do Movimento Espírita e deixou isto claro em várias de suas obras. Na Introdução do Livro dos Espíritos: “Todos os que tiverem em vista o grande princípio de Jesus se confundirão num só sentimento: o do amor do bem e se unirão por um laço fraterno, que prenderá o mundo inteiro.”  No Livro dos Médiuns: “Convidamos, pois, todas as Sociedades Espíritas a colaborar nessa grande obra (da União).” Em Obras Póstumas: “Poderão, pois, formar-se, e inevitavelmente se formarão, centros gerais em diferentes países, ligados apenas pela comunidade da crença e pela solidariedade moral, sem subordinação de uns aos outros... E, já que a Unificação passa necessariamente pela solidariedade, podemos inferir que ela é por Deus abençoada.”
      Em 1862, cinco anos após a publicação do Livro dos Espíritos, Kardec, preocupado com essa união, fez uma grande viagem pela França, visitando Casas Espíritas em 20 cidades. No Brasil, em 1950, a mensagem da Unificação foi levada por um grupo de “bandeirantes espíritas” a todo o território, no chamado Pacto Áureo. Os Espíritos, por sua vez, também têm deixado suas mensagens de unificação nos congressos e grandes seminários espíritas, por meio de renomados médiuns
      Que possamos valorar esse sentimento de Unificação para sermos, como diz Bezerra de Menezes, “um feixe de bambus, difícil de ser quebrado”, e que jamais nos afastemos do fogo da Fé e do brilho do Movimento Espírita.

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